sábado, 23 de fevereiro de 2008

Deputado doa dez por cento do vencimento

Mais um grande exemplo de um representante da nação ...
André Almeida elogiou salário e condições oferecidas pelo Parlamento

O recém-chegado deputado do PSD André Almeida pediu desculpa aos colegas de bancada esta quinta-feira por ter elogiado o salário e as condições oferecidas pelo Parlamento e revelado a intenção de doar dez por cento do vencimento, escreve a Lusa.

No início da reunião da bancada social-democrata desta quinta-feira, André Almeida justificou-se, alegando que fez declarações irreflectidas, e pediu formalmente desculpa aos colegas, disseram deputados do PSD.

Em causa estão declarações do deputado de 29 anos à imprensa nos últimos dias em que conta ter ficado «surpreendido com o vencimento» quando chegou ao Parlamento, em substituição do ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes.

«Vi que as ajudas de custo chegam perfeitamente para o que um deputado faz, porque temos condições excelentes», declarou André Almeida ao Jornal de Notícias, anunciando o projecto de doar dez por cento do que recebe por mês a uma instituição do seu distrito, Aveiro.

Esta quinta-feira, a seguir a pedir desculpa, André Almeida ouviu o deputado do PSD Agostinho Branquinho responder-lhe que as suas declarações à imprensa causaram danos que não desaparecem por se desculpar.

De acordo com sociais-democratas presentes na reunião da bancada, Agostinho Branquinho afirmou também ao jovem deputado que as boas acções que cada um faz não devem ser publicitadas, não devem ser anunciadas.

Depois, o líder parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, deu o assunto por encerrado. Agostinho Branquinho criticou as «intervenções populistas» sobre as condições dos deputados e contestou que estas sejam excelentes, referindo que teve de esperar um mês e meio para ter acesso ao correio electrónico. «O assunto também está encerrado para mim», acrescentou.

» PortugalDiário

Como se percebe pelo texto, os restantes deputados ficaram encantados com esta generosidade que rapidamente irão seguir.


domingo, 3 de fevereiro de 2008

Produtividade - um exemplo

Assinar 300 despachos numa madrugada ... - é este tipo de produtividade que provoca a inveja dos nossos parceiros na União Europeia !!!
Casino de Lisboa
Telmo Correia assinou 300 despachos na madrugada da tomada de posse de Sócrates
03.02.2008 - 08h02
O deputado do CDS-PP Telmo Correia assinou cerca de três centenas de despachos como ministro do Turismo na madrugada do dia em que o novo executivo, liderado por José Sócrates, foi empossado no Palácio da Ajuda. Apesar de estar em gestão corrente, o ex-ministro do Governo de Santana Lopes fez uma verdadeira maratona que quase não lhe deu tempo para se inteirar do que estava a assinar à pressa, após ter passado mais de uma dezena de dias sem ir ao Ministério do Turismo.

Entre os documentos assinados, estava a segunda versão do parecer da Inspecção-Geral de Jogos que implicava a não devolução ao Estado do edifício do Casino de Lisboa, no Parque Expo, no final da concessão à Estoril Sol, notícia ontem avançada pelo Expresso.

Na sequência da manchete daquele semanário - Ministros do CDS deram jackpot ao Casino de Lisboa -, o ex-ministro do Turismo e deputado do CDS-PP, Telmo Correia, negou ter tomado qualquer decisão que ditasse a reversão do Casino de Lisboa para a posse da empresa Estoril Sol. "Não tomei qualquer decisão. Apenas "tomei conhecimento" de um parecer da Inspecção-Geral de Jogos (IGJ)", afirmou à Lusa o deputado do CDS, comentando a manchete daquele semanário, que admite processar.

O despacho de Telmo Correia foi lacónico e destinava-se a preencher uma lacuna que teria sido detectada pelo administrador da Estoril Sol Mário Assis Ferreira e que obrigaria a que o edifício do Casino de Lisboa revertesse para o Estado no fim da concessão daquela zona de jogo. Em declarações ao Expresso, Assis Ferreira desmentiu que os dois pareceres dados pela Inspecção-Geral de Jogos não seriam contraditórios, argumentando que a lei do jogo não seria clara e a Estoril Sol queria constituir um fundo de investimento, dando como activo o edifício do casino, na Expo.

Certo é que o Departamento Central de Investigação e de Acção Penal (DCIAP) vai investigar os meandros da não devolução ao Estado do edifício onde funciona o Casino de Lisboa, no fim da concessão da Estoril-Sol, uma situação aparentemente facilitada pela homologação de um parecer da Inspecção-Geral de Jogos pelo ex-ministro do Turismo Telmo Correia. O DCIAP está também prestes a investigar outro negócio avultado, que envolve a aquisição de submarinos para a Marinha de Guerra, quando Paulo Portas era ministro da Defesa.
[...]
»» Público