quinta-feira, 22 de maio de 2008

Indicadores portugueses cada vez mais perto dos indicadores dos EUA

Mais uma fantástica notícia confirmada pela UE: Este País Perfeito é o único País da União Europeia que ultrapassa os indicadores dos EUA !!!
União Europeia é mais uniforme que os Estados Unidos
Portugal é o país da UE com mais desigualdades na distribuição de rendimentos
Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade. O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui, no entanto, que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos, à excepção de Portugal.
[...]
"Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é a mais desigual", salienta o documento que revela não haver qualquer correlação entre a igualdade de rendimentos e o nível de resultados económicos.

Contudo, se forem comparados os coeficientes de igualdade de rendimentos dos Estados-membros com o respectivo PIB (Produto Interno Bruto) por habitante constata-se que os países como um PIB mais elevado são, na sua generalidade, os mais igualitários.
O sonho americano é cada vez mais nosso também ...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Dura Lex, Sed Lex - Altos dignitários não fumam no espaço aéreo Nacional

De acordo com a legislação vigente, o Primeiro Ministro e o Ministro da Economia e Inovação não fumaram no espaço aéreo nacional. Mesmo sendo um voo fretado, é de louvar a atitude responsável destes dois altos dignitários portugueses que com o seu exemplo mostraram que a lei é dura mas é para cumprir (Dura Lex, Sed Lex).
Sócrates e Pinho violaram proibição de fumar a bordo do voo de Lisboa para Caracas

O primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo violaram a proibição de fumar no voo fretado da TAP que ligou Portugal e Venezuela e que chegou às cinco horas da manhã de ontem a Caracas (hora de Lisboa, 23h30 na capital venezuelana). O assunto foi muito comentado durante o voo por membros da comitiva empresarial que acompanha Sócrates e causou incómodo a algum pessoal de bordo.

O supervisor do voo, a segunda autoridade a bordo logo após o comandante, disse não ter dúvidas de que era proibido fumar a bordo e, embaraçado, falou em “situações de excepção”. Um assessor do primeiro-ministro disse que “é costume” e que as pessoas [que iam a bordo] “não se importaram”.

O Airbus A 330 da TAP saiu de Lisboa às 21h00 de segunda-feira. O filme de segurança foi claro a explicar que aquele era um voo de não-fumadores, as luzes de proibição de fumar mantiveram-se acesas durante todo o percurso de oito horas e no folheto de segurança era também claro e explicado em letras garrafais a proibição.

Pelas 23h00, servida a refeição, alguns membros do gabinete do primeiro-ministro, que seguiam na traseira do avião, onde estavam também os jornalistas, começaram a dirigir-se para a frente da aeronave com maços de tabaco na mão. Falavam entre si no facto de “já se poder fumar”.

O local escolhido era a zona de serviço de pessoal de bordo, na parte da frente do avião que dividia a classe executiva, onde seguia o primeiro-ministro, os ministros e os secretários de Estado, da classe económica. Uma cortina junto à porta de emergência escondia os fumadores dos restantes passageiros. No local o cheiro a fumo era intenso. Um membro do pessoal de bordo aconselhava os fumadores a levarem copos com água para apagar os cigarros.

Atrás das cortinas

Embora escondidos atrás da cortina, os empresários que seguiam mais à frente podiam ver tudo. Pelas 23h30 foi a vez do próprio primeiro-ministro se esconder atrás da cortina e acender um cigarro. Voltaria lá mais uma vez, como o PÚBLICO pode ver, cerca de meia hora mais tarde. Entre alguns dos empresários ouvia-se em surdina frases de espanto e de critica. “O primeiro-ministro que restrigiu e bem o fumo em Portugal devia dar o exemplo. Isto é uma pouca vergonha”, disse ao PÚBLICO, ao abrigo do anonimato, um dos empresários que se mostrava mais agastado com a situação, explicando que estava ali “para tentar fazer negócios e não arranjar problemas”.

Com o avançar da noite as coisas acalmaram junto à “zona de fumo”. Pelas duas da madrugada o primeiro-ministro, membros do seu "staff" e alguns empresários reuniram-se em conversa junto à “zona” fumo, apesar de nesse momento e durante cerca de uma hora estarem acesas as luzes de obrigatoriedade de os passageiros se encontrarem sentados e com os cinto de segurança apertados. Nessa altura, alguns já nem se escondiam atrás da cortina para fumar. Pelas 3h05 o próprio primeiro-ministro, que nesse momento falava com alguns gestores da industria farmacêutica, acendeu um cigarro à frente de todos, desta vez também sem se esconder atrás da cortina.

João Raio, supervisor do voo TAP, contactado pelo PÚBLICO ainda durante o voo, começou por dizer que aquele era “um voo fretado” e que “às vezes” aquelas situações aconteciam. Questionado pelo PÚBLICO se era ou não proibido disse não ter dúvidas que era. “Às vezes há estas situações de excepção”. Contou então como as coisas aconteceram. “Algumas horas depois de o voo ter partido o ministro Manuel Pinho foi fumar. Ninguém me tinha perguntado se se podia ou não fumar. Fui falar com o comandante que não gostou da situação, mas que disse para arranjar uma zona para fumar, se não ainda acabariam a fumar no 'cockpit'”.

Repetiu depois que nem ele não o comandante tinham dúvidas de que era proibido e revelou saber que já em outras ocasiões o primeiro-ministro tinha fumado em voos TAP: “Acho que até já li nos jornais.” Alguns jornalistas que habitualmente acompanham as viagens do primeiro-ministro confirmaram ao PÚBLICO que já não é a primeira vez que José Sócrates fuma nos voos.

Já em Caracas, o PÚBLICO confrontou Luís Bernardo, assessor do primeiro-ministro que acompanhou a viagem, sobre o facto e sobre as criticas que alguns empresários fizeram. “Já é costume. Já aconteceu em outras viagens. Ouvimos as pessoas que não se importaram”, afirmou. O PÚBLICO não viu, nem ouviu em nenhuma ocasião durante as oito horas de voo algum membro do gabinete do primeiro-ministro questionar fosse quem fosse sobre a possibilidade de se fumar a bordo, num voo onde foi sempre claro que tal era proibido.

O PÚBLICO viaja num avião fretado pelo gabinete do primeiro-ministro.
Note-se que para além de não fumarem no espaço aéreo nacional, ainda tiveram o cuidado de escolher uma zona recatada (zona de serviço de pessoal de bordo) e levarem copos com água para apagar os cigarros, de forma a não incomodarem os restantes passageiros.

Um exemplo a seguir, por todos nós, meros cidadãos, de forma a respeitarmos todos os nossos semelhantes que não conhecem o prazer do tabaco.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Efeitos dos aumentos dos preços - vivemos situação ímpar

Mais um dia, mais uma boa notícia.

Olhem, mas olhem todos para este país perfeito e tenham muita, mas mesmo muita inveja de nós !!!

Impacto menor em Portugal do que na restante UE

Governo minimiza cenário de crise alimentar

[...]
Apesar de ser necessário “estar atento aos desenvolvimentos dos preços”, Portugal vive “uma situação impar”, isto porque “nunca tivemos a inflação abaixo da média da área do euro e agora estamos a tê-la. Isso tem particular significado, e os efeitos dos aumentos dos preços estão a ser menores em Portugal do que na média europeia”, ressalva Emanuel Santos.

O secretário Adjunto frisou que vamos sofrer as consequências dos aumentos, contudo não serão tão significativas como “noutras partes do mundo incluindo nos nossos parceiros da Europa”, mas manifestou-se optimista, considerando que Portugal poderá responder adequadamente a “situações pontuais de maiores necessidades”.


O governante considera ainda que os aumentos dos preços constituem uma oportunidade importante para o sector agrícola português, que deve responder procurando aumentar a produção e a oferta.

in Correio da Manhã


E como bónus, os nossos agricultores ainda vão ganhar com esta situação. É claro que com os lucros que eles já têm hoje em dia, este ganho adicional será canalizado para o consumo superfluo e, por si só, permitirá beneficiar toda a economia.




domingo, 4 de maio de 2008

Portugal tem um bom nível de vida com pouco dinheiro

Mais uma notícia que aquece o nosso coração ...

Em que outro país da zona Euro gerentes de empresas poderiam ter um bom nível de vida com apenas 343,45 euros de salário mensal? É claro que em nenhum a não ser neste País Perfeito.
Dados do Ministério do Trabalho
Seis mil gerentes dizem ganhar salário mínimo
Segundo dados apurados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, em 2006, seis mil gerentes de empresas disseram ganhar apenas o salário mínimo nacional, segundo noticia hoje o “Jornal de Notícias”.

Em 2006, estes seis mil gerentes afirmaram receber apenas 343,45 euros, ou seja, o salário mínimo de 385,90 euros, bruto, menos cerca de 40 euros de desconto para a Segurança Social.

O “Jornal de Notícias” cita dois responsáveis por empresas que recrutam e colocam quadros que acreditam que muitas destas seis mil pessoas fogem ao Fisco e à Segurança Social. Amândio da Fonseca, da Egor, diz que “não é crível que tantas pessoas” com a responsabilidade máxima numa empresa ganhem tão pouco. Pena da Costa, da Manpower, considera “impensável encontrar quem assuma uma gerência por esse valor”.

Ainda segundo o Ministério do Trabalho, em 2006 existiam 344.006 empresas, 85 por cento das quais não tinha mais do que dez trabalhadores a cargo. O sector da restauração e hotelaria é o que declara pagar pior aos seus gerentes e directores.