sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Fala o bastonário ...

Num país perfeito o bastonário dos Advogados fala do que sabe, mas num país perfeito não existe corrupção. Será que afinal não vivemos num país perfeito ou a conclusão tem que ser outra ?

Corrupção: Bastonário dos advogados diz que não ficou "surpreendido" com inquérito ordenado pelo PGR

Ponta Delgada, 25 Jan (Lusa) - O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, disse hoje à Lusa não ter ficado "surpreendido" com a decisão do Procurador-Geral da República de ordenar a abertura de um inquérito a propósito das declarações que fez sobre corrupção no Estado.

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O PGR, Pinto Monteiro, determinou hoje a abertura de um inquérito às declarações do bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, sobre corrupção no Estado, disse à Lusa fonte da Procuradoria.

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"Existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos de lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado Português", afirmou Marinho Pinto, bastonário dos advogados, à Antena 1.

Marinho Pinto acrescentou que há pessoas com cargos de relevo no Estado português que cometem crimes "impunemente" e que em breve poderá avançar com casos concretos.

Ainda segundo o bastonário dos advogados, "o fenómeno da corrupção é um dos cenários que mais ameaça a saúde do Estado de direito em Portugal".

"Tendo em consideração as declarações do bastonário da Ordem dos Advogados proferidas hoje em entrevista dada a um órgão de comunicação social, a gravidade das afirmações feitas e a repercussão social das mesmas, o Procurador-Geral da República determinou, ao abrigo do disposto nos artigos 241 e 262 do Código de Processo Penal, a abertura de um inquérito", adiantou à Agência Lusa a fonte da Procuradoria citando o despacho de Pinto Monteiro.

Nos termos do artigo 68 do Estatuto dos Magistrados do Ministério Público, Pinto Monteiro designou para "dirigir a investigação dos factos a procuradora-geral adjunta Cândida Almeida, directora do DCIAP, que será coadjuvada por Carla Margarida Neves Dias, procuradora do mesmo Departamento".

Este despacho do Procurador-Geral da República "entra imediatamente em vigor", disse a mesma fonte.

«fonte: RTP»


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