quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Investimento no deserto

Todos os jornais noticiaram hoje a construção do novo aeroporto de Lisboa na margem Sul.
José Sócrates anuncia construção do novo aeroporto em Alcochete
10.01.2008 - 13h55
Por PUBLICO.PT
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje a construção do novo aeroporto internacional de Lisboa nos actuais terrenos públicos do Campo de Tiro de Alcochete. O chefe de Governo adiantou ainda que o estudo recomenda que a terceira travessia sobre o Tejo seja construída entre o Barreiro e Chelas e que esta será rodo-ferroviária.
No final do Conselho de Ministros, José Sócrates, acompanhado pelo ministro da Obras Públicas, Mário Lino, sustentou a decisão com base no relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), citando a síntese executiva do documento para justificar que Alcochete é, do ponto de vista técnico e financeiro, "globalmente mais favorável" do que a Ota, a outra solução para o novo aeroporto.
O primeiro-ministro, que hoje falou pela primeira vez no final de um Conselho de Ministros, explicou a que a decisão do seu Executivo pelo campo de tiro de Alcochete assenta em "quatro dos sete factores críticos de decisão" apontados no relatório do LNEC: segurança, eficiência e capacidade das operações do tráfego aéreo; sustentabilidade dos recursos naturais e riscos; compatibilidade e desenvolvimento económico e social; e avaliação financeira.
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«fonte: Público»

Mais uma grande lição para todos os outros países.

Atente-se bem: 6 mil milhões de Euros de investimento no deserto (grande lição a todos os países que deixam o deserto ao "Deus dará" e não se preocupam em combater e ganhar esta luta desigual contra o efeito nefasto do aquecimento global)

Ministro das Obras Públicas: margem Sul é “um deserto” e não serve para o aeroporto
23.05.2007 - 18h47 Inês Sequeira
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, afirmou hoje, no final de um almoço promovido pela Ordem dos Economistas sobre a Ota, que "a margem sul é um deserto" e por isso seria "uma obra faraónica" fazer aí o futuro aeroporto de Lisboa.
"Na margem sul não há cidades, não há gente, não há hospitais, nem hotéis nem comércio", disse o governante, acrescentando que, de acordo com um estudo recente, "seria necessário deslocar milhões de pessoas" para essa zona para justificar a construção do novo aeroporto.
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Mário Lino não resistiu ontem a comparar a opção sul do Tejo a um doente aparentemente de boa saúde, mas "com um cancro nos pulmões".
Segundo o ministro, "existe apenas um sítio na margem sul que seria exequível por razões ambientais, mas fica a mais de cem quilómetros de Lisboa".

«fonte: Publico»

Note-se ainda o seguinte: 6 mil milhões de Euros de investimento, não capitulando face a possíveis atentados terroristas (grande lição dada a França e Sarkozy que não deixaram arrancar o Lisboa-Dakar deste ano por causa de uma eventual ameaça terrorista)
"Ponte dinamitada" pode desligar sul do norte
Almeida Santos invoca possível atentado terrorista para justificar aeroporto na margem norte
24.05.2007 - 00h22 Lusa
O presidente do PS, Almeida Santos, invocou esta noite os riscos de segurança para rejeitar a construção de um aeroporto a sul do Tejo, advertindo que a destruição de uma ponte num atentado terrorista poderia cortar a ligação entre as duas margens do rio.
"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país", declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS.
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«fonte: Público»

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